sábado, 2 de abril de 2011

PALAVRAS CORROMPEM O ÂMAGO DO SENTIMENTO

Hoje acordei com um beijo ao lado do corpo. Esse beijo aconteceu durante todo o dia, mas isso formaram palavras que registram pra sempre aquilo que eu sempre senti. As vezes, aquilo que parecia ao menos um efêmero perfeito já não é mais. O sufoco da palavra ao meio, o desprezo de quem teria que ao menos fazer ser ou me sentir o melhor, porque assim eu a via... um eterno herói dos quadrinhos. Depois de uma noite de imaginação, que mais parecia um grande dramalhão, eu me verti em risos, um palhaço misturado a anjo de uma comédia que não tinha nada de Shakespeare. Logo, segundos depois, pois o tempo ao lado de quem apreciamos corre, eu me vi em uma avenida, e palavras que compunham os comentários daquilo que eu tinha vivido, um postura um pouco técnica é claro, meus sinceros comentários de uma ciência que eu estudei pelo menos uns meros sete anos de uma vida que não vale de nada. No carro, uma avenida, os comentários continuaram, você não entende nada de teatro, sua “praia” é o português, meu orgulho ferido foi bem maior, quem teria que me ver como herói me vê como um bobo da corte que brinca de ser gente grande. Aquilo passou, mais um registro caótico dentro de mim, eu ainda consigo ver amor, mais um meio segundo, pois volto ao mesmo registro, tempo ao lado de quem amamos passa ao passe de um olhar, mais um comentário. Tentei sair da situação trivial de uma palavra sangrada, um barzinho? Sair com você não tem graça. Será que a vida não teria mais graça se fossemos sozinhos como andrógenos platônicos ao modelo do Fedron, embora descompassados em um mundo moderno que já não existem mais deuses, nem mesmo os pagãos. Era uma casa pequena, mal medida, um computador, mais palavras, resolvi me calar, o silêncio por diversas vezes não é o que pensamos, não significante consentir, mas calar-se em si, deixar o coração responder por si o que deveria ser feito, a vida não tem mais um não, a vida permite vários encontros, mas os desencontros não são casuais, tudo passa, a magia passa, e eu ao tentei ser o correto ao contar essa história, tentei ao menos ser sincero, não escondo a minha miséria. Eu me fecho dentro de mim por mais alguns anos.