quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Eu vi paixão

Vire o rosto, eu estou de olho em você. Nesse exato momento dois olhares se lançaram e tiveram o momento mais divertido de suas vidas, sei que nunca se sentiram assim antes, isso é verdade e esse momento se deve aquele olhar.
Eu sozinho, observava aquele lance, parecia que eu era peça para formalizar o que era de arrasar, um fogo sempre aceso, vapor, temperatura e tomando várias doses de um louco resumo de paixão.
Resolvi ficar somente de relance. Era um vamos perder o controle, outros dançavam ao som da música, o som alto e queriam ver o corpo dançar até o fim. Era o momento mais divertido daquelas vidas, era a certeza que havia o querer.
O som não era doce, era frenético, rápido, mas motivava sensações recíprocas de paixão, que poderia, depois, ser um equívoco, mas no momento era fato certo e como a vida é feita de momentos, aproveite-os ao lance de um olhar.
Fui embalado ao presenciar aquela cena. Não sei o que ocorreria depois, se haveria outros encontros casuais ou motivações de lábios, olhares, corpo a corpo, mas aquilo me deu a sensação que o lance pode ser perfeito ao passe de um momento, ao toque de uma mão e ao breve espaço de toque de lábios e línguas capazes de envolver almas.
A música continua, basta querer dançar no ritmo intenso ou mudar o lance e partir para um novo tom vibrante...

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

o ágape'

Hoje não quero uma história realizada ou puramente de ficção, hoje resolvi falar de amor, do ágape maior, faltando no meu íntimo desejo humano de amar.
Acordei a semanas de uma maneira estranha e me sentindo um pouco destemido para mudar, sentir-me maior, sentir o amor, mas não o amor paixão, que ao ver o material a vontade é brusca e corrompida, mas o amor no mais íntimo sentimento divino, aquilo que não depende de mim, mas depende do que eu sinto.
Busquei entre razões razoáveis a transparência absoluta daquilo que para mim era o próprio limite. Decidi então, crer em mim, em um novo tempo, propor quem sabe, uma forma mais eufêmica e destemida de encarar a vida ainda viva, sem ser roubado nada de mim. Decido não perder o gosto pela vida, com algumas opções de renúncias.
Ter limites é humanamente possível, querer ou não querer algo para si é vontade nossa, é buscar o amor como condição extrema é chegar mais próximo do absoluto, uma sugestividade pura e catártica do para mim é essencial.
Não quero registros de palavras, um material que diz ser perfeito, desejo o ágape real, aquilo que causa estranheza e solidão, o invólucro sentimento que faz perdoar e odiar, a doação, o ciúme do bem e o desejo do encontro pelo mero olhar.
Foi difícil encarar a mim mesmo, sentir o que me incomodava, começar a dizer não e quem sabe saber ou não saber que isso possa estar em um desejo utópico de quem é humano demais , o amor ainda é o recurso para reintegrar as pessoas.
Eu também me prendo a pessoas, sofro por elas porque as amo, acredito no poder da mudança e dever ser que é transcendente. Ergo-me diante do nada e peço que me leve àquilo que de mais humano possa ser, mas o que mais próximo do ágape que possa ser.